sábado, 21 de janeiro de 2012

A fusão da AOTS e da JODC

A restrição de recursos no Japão, faz com que as diversas instituições suportadas pelo governo e pelas empresas sofram reduções das suas capacidades de desenvolverem atividades de forma autônoma. A saída encontrada foi juntar aquelas que desenvolvem atividades correlatas, de forma a maximizar a utilização dos recursos disponíveis.

Apesar do motivo da fusão da AOTS e da JODC, entendo que as sinergias das duas organizações trará benefícios para todos os países onde elas estão atuando. De uma maneira geral, não vejo prejuízo para nenhuma entidade ligada a AOTS, nas suas atividades, presentes ou futuras. No caso do Brasil, um país em franco desenvolvimento, acredito, inclusive, que essa união das duas entidades japonesas poderá trazer mais benefícios para as nossas empresas e profissionais, na medida em que as ações de desenvolvimento dos recursos humanos estarão mais focadas para aspectos importantes para nós, sem que haja competição entre as antigas organizações.

Quanddo dispusermos de mais detalhes, farei outra avaliação e colocarei mais comentários.

O novo nome da entidade será "Overseas Human Resources and Industry Development Association (HIDA)", mas o nome AOTS continuará a ser utilizado nas atividades relacionadas as Sociedades AOTS Alumni, entre outras.

AOTS - The Association for Overseas Technical Scholarship
JODC - Japan Overseas Development Corporation

domingo, 15 de janeiro de 2012

A Necessidade de Qualificação do Profissional Brasileiro

Hoje, 15 de janeiro de 2012, estava lendo o Jornal "O Globo". Nele foi publicada uma interessante matéria, que é capa do jornal, denominada "Brasil vai facilitar visto de trabalho para estrangeiro", o que reforçou profundamente para mim a importância do papel da AOTS Alumni do Rio de Janeiro junto aos profissionais brasileiros e de cuja situação faço uma pequena análise.

É fato que o nosso país está, neste momento, em uma situação econômica melhor do que muitos países "maduros" do mundo. Estados Unidos, Espanha, Itália, Portugal, entre outros, têm sofrido com os problemas econômicos internos e por isso, tem o nível de desemprego aumentado significativamente. Por outro lado, o Brasil experimenta um crescimento consistente, mesmo que em taxas reduzidas, o que faz com que nossas taxas de desemprego qualificado estejam reduzindo. Por si só esse é um bom motivo para que profissionais qualificados, de nível superior, dos países citados, procurem empregos no Brasil, que está oferecendo para essas pessoas com formação diferenciada, salários altamente compensadores.

Não desejo entrar no mérito do motivo da falta de mão de obra de nível superior qualificada entre brasileiros, que, infelizmente, me parece ser fruto de um processo de formação profissional equivocado, onde algumas (muitas?) universidades e faculdades (principalmente algumas privadas) apenas se interessam em captar e diplomar a pessoa, sem, efetivamente, qualificá-lo para o mercado, onde a única coisa importante é o retorno financeiro, sem valorizar professores e os coordenadores acadêmicos que deveriam zelar por essa formação. É claro que essa situação é muito mais complexa e abrangente do que essa minha análise simples e superficial da situação, mas emoldura um outro aspecto importante a ser citado: cada vez mais, o profissional brasileiro terá mais dificuldade para encontrar um bom emprego no país.

É óbvio que o mercado e a concorrência exigem que as empresas operando no Brasil, nacionais ou estrangeiras, busquem profissionais qualificados para seus quadros. É questão de competitividade e sobrevivência. Assim, cada vez mais e com a proposta do governo brasileiro em facilitar a entrada de profissionais estrangeiros, que são, em geral, formados em instituições mais conceituadas, onde o ensino e a formação profissional são levados muito mais a sério, os profissionais brasileiros terão muito mais dificuldade em competir com esses estrangeiros que entrarão no país. No meu ponto de vista, por conta da necessidade premente de profissionais qualificados, o governo brasileiro age corretamente para suprir essa demanda, sem falar no fato, como a própria reportagem de "O Globo" menciona, de promover a transferência de tecnologia que esses profissionais detém. Mas, isso vai ampliar, cada vez mais, a distância entre as possibilidades oferecidas aos locais e aos estrangeiros. Como fazer para que isso não ocorra?

Retorno ao primeiro parágrafo quando dizia do relevante papel da AOTS Alumni do Rio de Janeiro, que desde 1968 vem colaborando para o aperfeiçoamento de profissionais brasileiros, de todas as formações, mas em maioria da área tecnológica, quer seja através de treinamentos no Brasil, como através de programas em nível de especialização e aperfeiçoamento no Japão. Em outras palavras quero dizer que se a formação de graduação ainda é deficiente no país, temos que compensar através de capacitação complementar, dando ao profissional brasileiro condições de competir de igual para igual com os estrangeiros que estão aportando por aqui. Os treinamentos e cursos devem ser acessíveis; devem ter características que permitam ao profissional aplicar os conhecimentos adquiridos imediatamente após a sua conclusão; devem ser formatados de maneira que seus conteúdos sirvam para as empresas instaladas funcionando em nosso mercado e devem prover conteúdo que represente o estado da arte no segmento em estudo. É o que "popularmente" as pessoas dizem de "Bom, Bonito e Barato". Portanto, acredito que a AOTS Alumni do Rio de Janeiro está, de alguma forma, colaborando para que o déficit de profissionais qualificados seja reduzido, capacitando-os para assumirem seus postos nas empresas aqui em funcionamento e colaborando, de forma definitiva, para o desenvolvimento sócio-econômico do Brasil. Não deixe de consultar nossa página eletrônica http://aotsrio.vila.bol.com.br ou http://aotsrio.blogspot.com onde aparecem detalhes sobre nossas atividades e programações.

Sinto-me orgulhoso, como presidente da AOTS Rio, em participar desse trabalho, crendo que muitos outros profissionais brasileiros, qualificados pela AOTS, tanto no Brasil, como no Japão, também o estão fazendo.

Todas as sugestões e propostas de treinamento são bem recebidas por nós, assim, aqueles que desejarem propor novos programas de qualificação, estejam a vontade para fazê-lo. Escreva sua sugestão e envie para aotsrio@ymail.com ou para aots.brasil@ymail.com e teremos o maior prazer de analisar a viabilidade da proposta (para ocorrer no Brasil ou no Japão).

Minhas cordiais saudações;

Prof. Marcelo Rodrigues Pereira
Presidente da AOTS Alumni do Rio de Janeiro e da Federação Latino-Americana das Associações AOTS.