sábado, 23 de junho de 2012

Fim da Rio+20? Um novo começo?

Prezados;

Ontem foi o último dia da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, a Rio+20, e muitas pessoas disseram que a reunião não produziu os efeitos esperados, isto é, os compromissos firmados pelos chefes de estado participantes não chegaram nem perto do que seria necessário para "salvar" o nosso planeta.

Em parte concordo que muitos outros compromissos, mais impactantes, poderiam ter sido acordados entre os principais líderes mundiais, mas não podemos deixar de ressaltar que houve um grande esforço por parte dos negociadores e diplomatas responsáveis pelas discussões e, pelo menos, tivemos um documento, que a meu ver, é muito mais um ponto de partida do que um fim em si mesmo.

Gostei quando a presidenta do Brasil disse que os compromissos firmados seriam um patamar, um mínimo referencial e que cada nação poderia fazer muito mais do que ficou acordado nesse documento. Aguardo, com esperança, que o Brasil continue fazendo a sua parte e que os outros países do mundo também façam as deles.

Mas não devemos pensar que essa responsabilidade é apenas dos governantes ou dos governos, propriamente ditos. Tenho certeza que essa é uma responsabilidade coletiva, que eu poderia dividir em três partes:
A primeira é a do  próprio governo, que deverá desenvolver leis, cobrar suas aplicações, investir os recursos necessários e tudo o mais que está sob sua responsabilidade constitucional.
A segunda é da sociedade, cobrando das autoridades a ação do que lhe compete e, também, cobrando das empresas uma postura mais adequada em relação ao ambiente, as pessoas e aos recursos disponíveis. A sociedade cobra dos políticos através dos votos e da constante vigilância das suas ações e cobra das empresas exigindo produtos e serviços "sustentáveis", que preservem a relação emprego, recursos, ambiente e capital de forma equilibrada.
A terceira é dos empresários, isto é, das empresas, que deverá passar a operar de forma equilibrada e que hoje gostam de chamar de "economia sustentável".

Quanto a essa terceira parte das responsabilidades, gostaria de reforçar que o desafio das organizações sempre estará em se estabelecer um modelo de gestão, colaborativo, que possa abranger todas essas percepções e práticas relacionadas a sustentabilidade. Acredito ser possível que um modelo de gestão dê conta de todos os aspectos que hoje são exigência de todos. Grandes organizações já se preocupam em desenvolver modelos de gestão que englobem todos esses elementos e, por isso, aplicam em suas empresas,  entre outras práticas, as certificações ISO 9000 e ISO 14000. Muitas utilizam os modelos de excelência de gestão, que em seus critérios, incluem os elementos de sustentabilidade. Infelizmente, a maioria das empresas em nosso país ainda não estabeleceram modelos de gestão com esses compromissos inseridos neles. Assim, muito ainda deve ser feito para que sejamos, efetivamente, uma nação "preocupada" com o meio ambiente.

Quero, então, mais uma vez, dizer que todos somos responsáveis por esse novo ambiente sustentável e acredito, com certeza, que isso será possível se nos dedicarmos a gerenciar adequadamente nossas organizações em um novo modelo.

A AOTS Alumni do Rio de Janeiro e a HIDA Japan (AOTS Division) tem criado oportunidades para profissionais brasileiros se especializarem no Japão nas mais modernas práticas gerenciais, levando em conta os aspectos relevante do meio ambiente. Essas oportunidades são de muita importância para todos aqueles que desejam desenvolver práticas "sustentáveis" dentro de suas organizações, portanto recomendo não perderam essas oportunidades, todas as vezes que forem disponibilizadas.

Boa sorte!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Rio+20

Prezados amigos;

A Rio+20 é um momento de reflexão quanto ao uso dos recursos pelas organizações.

Muito se fala em relação a preservação do meio ambiente, dando-se ênfase a redução de emissão de elementos que provocam o efeito estufa e a poluição ambiental. É louvável essa preocupação e, eu acredito, temos que nos esforçar para que a minimização dos impactos ambientais seja um hábito de todas as pessoas e empresas, entretanto devemos lembrar que essa "prática sustentável" está diretamente ligada ao modelo de gestão estabelecido pela organização.

Quero dizer que as empresas, que são co-responsáveis por um desenvolvimento sustentável e pela preservação de recursos, tem que estabelecer um modelo de gestão que dê conta dessas premissas. Elas tem que considerar em suas práticas gerenciais todos os aspectos de preservação do meio ambiente e fazer com que isso faça parte da cultura organizacional. Seus colaboradores serão os agentes de transformação e, também, de multiplicação, quando levarem seus conhecimentos e práticas para o seu dia-a-dia dentro de casa e na sua comunidade.

Por exemplo, práticas do uso dos 3 "R´s" - Reduzir, Reusar e Reciclar (veja explicação sobre os 3"R" no blog do Prof. Marcelo Pereira) devem ser implementadas nas organizações. Com o hábito, os trabalhadores irão levar essa prática para o seu convívio domiciliar. Assim, pode-se produzir uma grande transformação em benefício do ambiente.

Tive a intenção de falar sobre este tema para relembrar que os treinamentos gerenciais da AOTS no Japão já abordam esse assunto e particularidades há muito tempo. As organizações só serão de sucesso, se nas suas práticas gerenciais levarem em consideração os aspectos de preservação ambiental e, principalmmente, de preservação dos recursos e melhor utilização dos mesmos para o bem da empresa, da sociedade e das próximas gerações.

Pense nisso!